A Residência Artística e Cultural da EncontrADA recebe artistas e trabalhadoras da cultura com o objetivo de oferecer espaço e condições para que se possa por meio da imersão desenvolver, avançar, criar, refletir e meditar sobre produções feitas pelo feminino ou para o feminino. Sendo assim, com o foco no protagonismo feminino, convidamos propostas individuais e coletivas para desenvolverem seus projetos durante o encontro, proporcionando um ambiente múltiplo e rico para trocas, encontros, contaminações, parcerias e expansão de ideias. Durante a residência contaremos com a presença da artista Mariana Guimarães. Nossas convidadas são:




Jornalista criadora do Mulheres e o Comum

Jornalista, produtora cultural e contadora de histórias. Feminista e aprendiz de feiticeira. Conduz grupo de leituras e oficinas para mulheres sobre literatura, gênero, feminino, feminismo. Desenvolve projetos experimentais e consultorias envolvendo convergência de mídia, narrativas e mobilização de pessoas. Coordenou a criação da TV Brasil-Canal Integracion, emissora pública em portunhol com transmissão para America Latina, o Roda Viva Participativo, na TV Cultura, diversas coberturas colaborativas de eleições e Viradas Culturais. Foi co-fundadora da Casa de Cultura Digital e é membro-fundadora do Instituto Procomum. Mãe da Júlia, de 13, e do Chico, de 10.

.LIA RANGEL
Comunicadora Social e programadora do projeto Pretalab

Silvana Bahia é diretora de projetos do Olabi, organização focada em inovação social e tecnologia, por onde toca uma série de iniciativas ligadas ao combate ao racismo, como a Pretalab. Mestre em Cultura e Territorialidades pela UFF, foi facilitadora da Maratona RodAda Hacker - oficinas de empoderamento feminino em novas tecnologias, coordenou o plano de comunicação do filme KBELA e é colaboradora da plataforma Afroflix.

Fernanda Monteiro é tecnóloga em sistemas de informação e artista digital multimídia. Atua de forma transversal como pesquisadora e ativista nos espaços de atuação de seus projetos, com assuntos relacionados a sistemas abertos, tecnologias da educação e ciberativismo e inclusão de pessoas travestis, trans e não-binárias, sendo organizadora do coletivo e hackerspace feminista Marialab e sócia responsável por inovação social na InfoPreta.





Palavra Preta

Tatiana Nascimento é palavreira: poeta, compositora, cantora, tradutora, editora de livros artesanais, zineira e blogueira. Em seus escritos, ativismo e pesquisa acadêmica, a diáspora negra é tema recorrente, bem como a dissidência sexual. Canta no Bando da Égua, projeto de música e poesia autoral, de bossa velha com poemas afrofuturistas. Doutora em estudos da tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina, na interface acadêmica se interessa pelas poéticas, performances, políticas negras diaspóricas e suas traduções de autores e autoras negros e negras, lésbicas, queer, trans e/ou inclassificáveis. Em 2016 lançou Lundu, seu primeiro livro de poemas, pela Padê Editorial.







.SILVANA BAHIA
FERNANDA MONTEIRO
.TATIANA NASCIMENTO
RESIDÊNCIA EncontrADA
.VOLTAR
PARTICIPAÇOES
.MARIANA GUIMARAES
. M E T E O R O
Meteoro é um coletivo de investigação e experimentação sonora, que produz além de improvisos sonoros, o pensamento acerca do som no espaço-tempo e em sua materialidade.
com investigações que variam da relação do som com o corpo, o vídeo, o espaço (a partir de instalações) e materialidades orgânicas e sutis, como pedras, cerâmica, vidro e os astros.
o grupo se iniciou a partir de uma proposta da curadora Beatriz Lemos, através do projeto Lastro em parceria com o Castelinho do Flamengo, de reunir mulheres que trabalham com arte sonora para produzir encontros de improvisos sonoros.

Meteoro surgiu em 2015, e é formado atualmente por Anais-karenin, Bella e Juliana borzino.

Todas as participantes do EncontrADA estão convidadas a levar seus instrumentos musicais para compor uma jam junto ao Meteoro após a apresentação do projeto que ocorrerá na Sexta-feira (18) à noite.
Artista, educadora, mãe e pesquisadora das artes do fio. Em suas pesquisas busca investigar e discutir as relações entre o tecer, o texto, a casa, o corpo e o resgate do feminino (ismo) sagrado em uma sociedade patriarcal.Doutoranda do programa de pós-graduação em artes visuais da EBA/UFRJ. Mestre em artes e design pela PUC-Rio, e licenciada em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes da UFRJ. É docente de Artes Visuais do CAp/UFRJ.
Desenvolve inúmeras ações, experiências e pesquisas formais e conceituais sobre a bordadura contemporânea e seus inúmeros desdobramentos estéticos, artísticos, éticos, sociais, antropológicos, políticos, digitais e manuais.

Na encontrADA desenvolverá uma oficina com mulheres moradoras da comunidade sobre histórias e bordados. E construirá uma instalação site specific utilizando fios, galhos e folhas, tecendo um tear orgânico, propondo reflexões sobre a morada e o feminino.
.ISABEL LAFUENTE
Pesquisadora dos afetos. Doutoranda do programa de pós-graduação em Politica Cientifica e Tecnológica da UNICAMP. Veio da Espanha para o Brasil, onde fica já há quatro anos. Em sua pesquisa busca como dar dignidade cognitiva às experiencias cotidianas do afetivo. Investiga as relações entre pessoas, objetos e ambientes na sua capacidade de afetar e deixar-se afetar, ensaiando diferentes formas de registrar essas realidades.

A proposta visa documentar o encontro desde a perspetiva dos afetos, isto é, desde a sua capacidade de afetar(nos) e deixar-se afetar. Queremos pôr a ênfase não no “que foi feito” e no “como foi feito” - que seria o enfoque mais convencional do trabalho de documentação – mas no “que nos fez” e “como nos fez”. Olhar o encontro desde o meio, por onde as coisas transitam. Ou seja, compartilhar um relato do que nos aconteça durante o encontro que mostre como fomos afetadas pelo mundo criado durante esses dias. Um mundo que é mais do que humano, já que também envolve objetos, máquinas, outros animais e seres vivos, organismos, forças atmosféricas, forças espirituais… O espaço criado durante a EncontrADA será um território de afetividades na medida em que (nos) afete e seja afetável. Documentar aqui significa saber escutar esse processo de devir, devir entendido como algo que acontece entre duas coisas que se encontram e que pelo tanto é sempre um processo de devir-juntas. O documento final será esse conjunto de relatos parciais, comunicantes e desejáveis